Você sabia que as enzimas líticas produzidas por microrganismos desempenham um papel fundamental no controle biológico de pragas e doenças na agricultura?
Essas biomoléculas naturais têm o poder de degradar componentes celulares de patógenos, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente ao uso de defensivos químicos convencionais.
O que são Enzimas Líticas?
Enzimas líticas são proteínas produzidas por microrganismos como bactérias e fungos, capazes de romper estruturas celulares de outros organismos, especialmente fitopatógenos. Elas atuam como verdadeiras “ferramentas biológicas” no combate a doenças de plantas.
🌱Principais Enzimas Líticas e suas aplicações:
1. Quitinases – degradam a quitina, presente nas paredes celulares de fungos, sendo eficazes no controle de doenças fúngicas como oídio e mofo cinzento. Além disso, as membranas dos ovos de nematoides também são constituídas em grande parte por quitina. Algumas bactérias e fungos produzem quitinases que têm a capacidade de degradar as paredes de ovos dos nematoides, enfraquecendo sua viabilidade.
2. Glucanases – atacam os β-glucanos das paredes celulares de fungos, combatendo patógenos como Fusarium e Sclerotinia.
3. Proteases – quebram proteínas estruturais de patógenos, promovendo o controle de bactérias fitopatogênicas.
4. Lipases – degradam lipídios presentes em membranas celulares, auxiliando no controle de fitopatógenos com estruturas ricas em lipídios.
5. Celulases – degradam celulose, sendo úteis no manejo de fitopatógenos que formam biofilmes.
6. Xilanases – atuam na degradação da xilana, impactando negativamente a estrutura de certos fungos e bactérias.
7. Lisozimas – atuam rompendo ligações da parede celular bacteriana, sendo eficazes no controle de Erwinia spp. e Pseudomonas.
8. Amilases – degradam polissacarídeos como o amido, reduzindo a formação de biofilmes protetores em patógenos.
9. Esterases – enzimas que quebram ésteres, desestabilizando compostos estruturais de patógenos.
10. Hemicelulases – degradam componentes da hemicelulose, desintegrando a matriz celular de patógenos.
O uso de enzimas líticas no agronegócio não apenas melhora o manejo de pragas e doenças, mas também promove a saúde do solo e reduz a dependência de agroquímicos sintéticos, alinhando-se com práticas de agricultura regenerativa e sustentável.
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